Uma
coisa é certa, nós não vemos o mundo
da mesma forma. Cada um de nós tem uma história
de vida diferente, repleta de experiências únicas.
Além disso, simplesmente somos “pessoas diferentes”!
Assim,
o que pode ser extremamente importante para você, pode
não significar absolutamente nada para algum conhecido
seu, e vice-versa.
Você pode estar se perguntando nesse momento, e daí?
Muita coisa! Já reparou como o mesmo evento pode ser
interpretado de maneiras diferentes por diferentes pessoas?
O evento foi o mesmo, mas produziu diferentes emoções,
diferentes respostas, etc.
Por que?
Ocorre que, todos nós, baseados nas nossas experiências
passadas, assim como nos nossos próprios desejos e
necessidades presentes, desenvolvemos um determinado, e exclusivo,
“circuito mental”, um tipo de modelo virtual do
nosso “mundo imaginário”, pronto para comparar
e interpretar o mundo real lá fora. Isto é,
cada um de nós irá desenvolver um modelo mental
para raciocínio que, em resposta a um estímulo
externo, irá classificar as partes, ou mesmo a totalidade,
daquele certo evento.
Com isso, será criado em nosso cérebro um determinado
“rótulo”, atribuindo àquele fato
alguns nomes, adjetivos, intensidade de atenção,
e até possíveis causas e conseqüências
perante as nossas expectativas.
Esse pensamento fica interessante quando percebemos que todas
as nossas preocupações, medos, ansiedades, traumas,
etc, são resultado de uma ou mais dessas interpretações
agindo na nossa mente. Tudo analisado pela ótica do
nosso modelo mental.
O que aconteceria se, hipoteticamente, pudéssemos mudar
a nossa maneira de enxergar os fatos e situações
que nos rodeiam? Algo como tirar os óculos que usamos
há tanto tempo, e colocar outro, mais corretamente
diagnosticado para algum problema particular de “visão”.
De repente, seríamos surpreendidos pela clareza dos
fatos. Poderíamos ver claramente que as nossas atitudes
e comportamentos não têm sido os ideais para
a situação corrente.
Quanta coisa mudaria, não é mesmo?
Instantaneamente você ficaria mais aliviado, mais tranqüilo,
mais produtivo, menos estressado, mais feliz.
OK! Então, quais seriam algumas perguntas chaves?
• O que têm interferido na sua visão
do mundo?
• Quais experiências passadas ainda têm
o poder de influenciar negativamente sua interpretação
de eventos presentes?
• O que tem estado constantemente em sua mente, centralizando
sua vida e norteando suas ações e reações?
• Será que você está apoiando
sua vida em algo estável?
• Ou estaria você “construindo uma casa”
sobre a areia?
Focalizar a vida em apenas satisfazer os amigos, ou viver
para um(a) namorado(a), ou para conquistar bens materiais,
ou para ter poder, etc. Tudo isso é passageiro e instável.
É como areia movediça.
Nossas atitudes e ações têm de ser norteadas
por virtudes. Isto é, princípios imutáveis
como honestidade, amor, lealdade, etc. Esses nunca mudam com
o tempo, ou com a vontade de outra pessoa. São como
leis da física, como a gravidade, não importa
se você é preto, branco, católico, protestante,
alto, baixo, etc, ela vale para todos nós...e nunca
se transformam com a “moda”.
Ainda, note que qualquer objetivo pode ser obtido pela aplicação
persistente e regular de alguns princípios. Quais?
Isso vai depender da tarefa, da situação, etc.
O importante é que saiba o que quer e identifique quais
são as suas verdadeiras virtudes. O que te move e motiva
realmente?
As suas verdadeiras virtudes devem ser a estrutura de seu
modelo mental do mundo. Isso vai automaticamente desenvolver
um senso de propósito para a sua vida, colocando uma
atitude positiva e produtiva em seu comportamento. Não
se importe com os outros, com as outras opiniões, com
a moda, com nada passageiro. Tenha algum tempo sozinho para
pensar sobre as suas virtudes mais profundas. Use-as no dia-a-dia.
Faça delas a lente dos seus óculos da mente,
pelos quais você verá e interpretará o
mundo real a sua volta. Este será tão bom, ou
tão ruim, quanto serão as suas virtudes.
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